A 60ª edição da Bienal de Veneza, uma das mais antigas e prestigiadas mostras de arte, abrirá suas portas ao público em 20 de abril.
Com uma extensa tradição, o evento se consagrou como uma plataforma de destaque internacional para exibir obras estrangeiras de todo o globo. Nesse contexto, Adriano Pedrosa, o primeiro curador latino-americano da exposição, busca promover uma provocativa discussão ao dar ênfase para a migração e descolonização como temas-chave.
Foto: Jacopo Salvi
A mostra, nomeada “Foreigners Everywhere”, adotou a expressão de um coletivo de Turim, que se opôs ativamente ao racismo e à xenofobia na Itália durante o início dos anos 2000. Esta edição se constrói como um espaço de reflexão sobre as complexidades da experiência estrangeira e enfrenta o desafio de trazer à tona narrativas frequentemente negligenciadas.
O Pavilhão Central recebe o público com um mural monumental pintado pelo coletivo brasileiro MAHKU (Movimento dos Artistas Huni Kuin), reforçando a abordagem curatorial de Pedrosa.
Fotos: Jacopo Salvi
A artista multifacetada Glicéria Tupinambá, destacada na edição 03 da Numéro Brasil por Camila Yunes Guarita, representa o país com uma instalação no Pavilhão do Brasil. Denilson Baniwa, entrevistado por Camila na edição 00 da revista, atua como um dos curadores do espaço.
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