17 Mahaut: o novo nome da música que você tem que conhecer

Mahaut: o novo nome da música que você tem que conhecer

Cultura

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Mahaut não é apenas filha do famoso fotógrafo Jean-Baptiste Mondino. Em questão de poucos anos, a artista de voz aveludada se estabeleceu como uma cantora e compositora cheia de magnetismo, capaz de criar sucessos pop-R’n’B viscerais e fascinantes, dignos das grandes estrelas.

O nome Mahaut, de ascendência germânica e origem medieval, significa “poderoso na batalha”. Um nome que combina perfeitamente com a cantora Mahaut Mondino, que decidiu se chamar simplesmente Mahaut. Filha do famoso fotógrafo de moda e diretor Jean-Baptiste Mondino com Friquette Thévenet, a parisiense de 31 anos tornou-se autora-compositora-intérprete como se fosse uma religião.

 

Apaixonada por música, ela começou a escrever suas primeiras canções e a cantar quando era adolescente. Aos 17 anos, compôs para comerciais, principalmente para a Cacharel, co-escrevendo uma música com Mirwais, ex-integrante do grupo cult Taxi Girl e colaboradora de Madonna. A produção de música para o audiovisual é tradicionalmente um mundo masculino, mas Mahaut, que se formou como engenheira de som, é uma guerreira. Ferozmente independente, ela até decidiu se autoproduzir.

 

Foi em 2014 que o mundo descobriu Mahaut, no magnífico clipe de seu apropriadamente chamado Voodoo Me. Em uma mistura sonora tanto pop como R’n’B e eletro, sua voz poderosa, em algum lugar entre magnética e assombrosa, enfeitiça ao ritmo do seu gingado sensual. Com uma minissaia e um top de couro preto desenhados por Azzedine Alaïa, ela ondula hipnoticamente inspirada pelas dancehall queens, as dançarinas carismáticas que incendeiam as noites dos guetos jamaicanos.

 

Assim nasce uma estrela, badass, excêntrica, provocadora e única, e as comparações lisonjeiras são inúmeras: Rihanna, Lauryn Hill, FKA Twigs... Influenciada por Aretha Franklin, Al Green ou Prince, Mahaut inventa um universo sonoro que não tem fronteiras.

 

Adepta do sincretismo, ela flerta tanto com o dance e o reggae como com Bollywood. E se inspira nas suas viagens: Estados Unidos, Índia, Bahamas. O resultado são músicas – em inglês – aventureiras, excêntricas e de vanguarda, reunidas em um primeiro EP intitulado Mahaut Mondino, lançado em 2015. Summertime veio um ano depois, uma música fascinante que mistura eletrônico e blues, realizada com Dave Stewart, o produtor dos Eurythmics.

 

Depois, Mahaut, que teve que superar sua timidez para se tornar uma estrela pop, faz uma pausa. “Atravessar desertos e nadar contra a corrente é cansativo, mas desenvolve os músculos.” A artista confessa que tomou caminhos diferentes: “Eu vagueei muito... Trabalhei minha cabeça e meu corpo. Minha evolução musical está caminhando para algo mais simples e claro. Uma voz de veludo em um corpo de ferro”. [Risos.]

 

Neste verão, a artista volta com um sucesso instantâneo, o single hedonista Temper Tantrum, entre “soul elétrico e punk melancólico”. Uma música que convida a relaxar, inspirada por “um desejo de franqueza e de me divertir com a minha época, daí o título ‘Temper Tantrum’, palavras em inglês que designam essas ‘birras’ que as crianças fazem”. No clipe que o acompanha, Mahaut – que acabou de gravar um novo mini- álbum ainda não lançado – dança sensualmente, livremente, na frente da câmera. Ela explica: “Eu tinha em mente um vídeo desinibido e lúdico, com um fundo branco, sem artifícios. Eu queria ir na contramão de tudo o que é muito trabalhado e cheio de conceitos, o que poderia se tornar vulgar. No final, talvez seja fazendo menos que dizemos mais...”

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Foto: Jean-Baptiste Mondino